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Terça, 17 Março 2020 10:24

Mulheres em espaço prisional de Toledo têm oportunidade de trabalho oferecida pelo grupo Prati-Donaduzzi  

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Incialmente quatro detentas trabalham no projeto. Foto: Jéssica Dona.

O trabalho é feito de forma manual. A atenção, o cuidado e a dedicação são fundamentais para a execução da atividade. Assim tem sido a rotina de quatro mulheres que cumprem pena na carceragem da 20a Subdivisão Policial de Toledo (20ª SDP). Elas fazem parte do projeto Colmeias, idealizado pelo Grupo Prati-Donaduzzi com apoio do Conselho da Comunidade, Departamento Penitenciário (Depen) e Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC). 

O projeto oferece a algumas detentas a oportunidade de trabalho, o sentimento de recomeço e o estímulo para a reinserção social. Elas realizam uma jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, e recebem um pagamento pela atividade e o abatimento da pena, para cada três dias trabalhados, é reduzido um. 

A proposta foi idealizada pelo diretor do grupo, Victor Donaduzzi. “Tudo começou quando visitamos um parceiro nosso que já realiza um trabalho semelhante. O apoio do setor de Responsabilidade Social permitiu envolver as detentas. É um projeto que traz um impacto positivo na nossa sociedade, pois colaboramos ativamente para a construção de uma sociedade melhor e mais justa”, conta. 

Colmeia é o nome dado para o material utilizado dentro das caixas onde os medicamentos são armazenados. Visam garantir a organização e integridade do medicamento, principalmente tubos de pomadas e frascos. A Centralpack – empresa de embalagens do grupo Prati, corta as folhas com o formato em um equipamento de corte e vinco e as detentas montam as colmeias na delegacia. Essas colmeias são produzidas pela Centralpack e então fornecidas para a Prati-Donaduzzi que as utiliza no processo de fabricação de medicamentos. 

Resultados

Uma das mulheres envolvidas com a execução das atividades está empolgada com os resultados. “É um trabalho que traz recompensas porque além de ocupar nosso tempo, tem importância, pois o que fazemos ajuda as pessoas no recebimento dos medicamentos com qualidade”. 

Para quem participa, um trabalho significa muitas oportunidades. O chefe da Cadeia Pública de Toledo, Aldecir José de Oliveira, ressalta os benefícios do projeto para as detentas. “Cumprir uma pena é algo que traz uma carga enorme de emoção pelo fato de estarem em um espaço reduzido. O projeto vem para agregar, ocupar a mente, as deixando mais tranquilas”.  

A preocupação com as pessoas faz parte da cultura da indústria farmacêutica. Segundo a supervisora de Responsabilidade Social da Prati-Donaduzzi, Maria Rita Pozzebon, projetos como esse reforçam o quanto a empresa se preocupa em gerar oportunidades. “A ação reforça a política da Prati em estar envolvida com ações da comunidade na qual está inserida”. 

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O projeto incentiva a oportunidade do recomeço. Foto: Jéssica Dona.

Estruturação

O Projeto Colmeias ainda é um piloto. O seu diferencial é acontecer dentro de uma carceragem, enquanto a maioria de ações de reinserção social de detentos é realizada nas penitenciárias. Após sua estruturação total, a empresa estuda a possibilidade de ampliação para envolver mais mulheres ou até mesmo estender a proposta para outras entidades em Toledo. 

Outras iniciativas

O Colmeias é o segundo projeto que a Prati-Donaduzzi realiza na 20ª SDP. Desde 2010 também acontece no espaço o projeto Recomeçar, uma proposta que visa capacitar as detentas com foco na reinserção social, além de reduzir a reincidência criminal por meio da realização de palestras, oficinas de artesanato, aulas de diversos segmentos, entre outros. O Recomeçar já foi reconhecido diversas vezes pelo Selo Sesi Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Paraná. 

Ler 3034 vezes Última modificação em Terça, 17 Março 2020 10:36